Parada de Sucessos

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                Fotos: Epagri

Os produtores de milho na região de abrangência da regional da Epagri de Campos Novos,  estão atentos a alta incidência de cigarrinha-do-milho na safra 2020/2021. A presença da praga pode impactar diretamente na produtividade das lavouras resultando em perdas significativas, especialmente em áreas cultivadas com híbridos suscetíveis a tais doenças.

Para o  pesquisador    da Epagri, Eduardo Briese Neujahr, a principal preocupação, neste momento, é com a transmissão de microrganismos causadores do enfezamento (enfezamento-pálido, enfezamento-vermelho e virose-da-risca), uma vez que esse inseto atua como vetor desses agentes fitopatogênicos para o milho.

O pesquisador explica que baixas populações da cigarrinha-do-milho sempre estiveram presentes nos milharais das principais regiões de cultivo de Santa Catarina e Rio Grande do Sul,    e que os danos diretos decorrentes da sucção de seiva são significativos apenas em altas infestações. Os milharais atacados pelo complexo de enfezamentos apresentam como sintomas a redução do porte das plantas e da área foliar, o multiespigamento, a redução da altura de inserção da espiga e a má formação de espigas e grãos, o que afeta diretamente o rendimento das lavouras.

Segundo o pesquisador, esses sintomas  são percebidos na planta na fase de enchimento dos grãos. “A planta é infectada de maneira mais significativa, com quebra na produtividade no período crítico, que seria  desde a  emergência  até quando a planta atinge 4 ou 5 folhas. Após este período a planta pode ser infectada também, mas promovendo uma redução de perdas mais insignificantes. Por isso  a identificação de cigarrinhas na área plantada é importante no período entre a emergência e o momento do v4 ou v5 no estágio da cultura”.  Ele diz que “após a planta infectada não existe uma ação de controle do dano causado a cultura do milho”. Ele diz ainda que não existe um controle 100% eficiente, por isso e necessário adotar outras estratégias de manejo de forma integrada, entre eles  o controle genético de híbridos com uma tolerância maior a presença da cigarrinha, além do tratamento de sementes e pulverizações aéreas quando constatada a presença da praga.